Teoria da Glicosilação
A reação de
glicosilação na modificação de proteínas é uma descoberta a muito estudada.
Tem-se uma teoria em que esta reação pode estar ligada ao envelhecimento, já
que uma das características do idosos é ter um grande quantidade de glicose
ligado ao colágeno.
Alguns açucares tem a capacidade de de se
ligar a proteínas sem a ação enzimática, porem a velocidade com que isso ocorre
depende do açúcar, a D-glicose por exemplo tem uma velocidade 5x menor que a
D-galactose. Esta reação, designada reação de Maillard, resulta da ligação
covalente entre um grupo aldeído livre do açúcar com um grupo amina livre, da
proteína. Para além dos grupos amina das proteínas, também os grupos amina das
bases de DNA são alvos potenciais de glicosilação.
O produto de tal reação é rearranjado para uma
cetoamina instável conhecida como Amadori. Com o passar dos anos é comum
aparecer pertubações na regulação da homeostase da glicose. Estas alterações
vão se acentuando com o tempo resultando em uma perca de sensibilidade dos
tecidos à insulina. Mesmo mantendo-se a quantidade de insulina no sangue esta
não é mais suficiente para estimular a captação adequada da glicose. Logo os
níveis de glicose no sangue aumentam, acarretando numa maior ocorrência de
glicosilação.
Os produtos desta reação de Maillard podem ser
chamados de AGE( Advanced Glycation Endproducts) ou produtos Maillard
avançados, e sua difusão pode acarretar em: (i) aumento da pressão arterial
devido à aterogênese, hipoteticamente por glicosilação das lipoproteínas de
baixa densidade (LDL); (ii) perda da acomodação ocular; (iii) incapacidade
funcional das “células T de memória” e, (iv) inativação da Cu,Zn-SOD, nos
eritrócitos, diminuindo a capacidade antioxidante no sangue
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