Altamente reativos e com grande instabilidade energética e cinética, devido o não emparelhamento de elétrons na sua última camada, são a marca dos radicais livres. A acumulação dessas moléculas no organismo iniciará cadeias de reações que provocarão alterações em proteínas extracelulares e modificações celulares, ou seja, danos à estruturas de biomoléculas de DNA, como a perioxidação dos ácidos graxos que constituem a dupla camada lipídica e que, em alguns casos gera morte celular. Esse processo é chamado de estresse oxidativo, o qual encontra-se ligado ao envelhecimento cutâneo e a diversas doenças como a doença de Parkinson, aterosclerose e Alzheimer. Para evitar esse processo nosso organismo possui mecanismos de defesa, mas estes tem sua capacidade diminuída com o envelhecimento. Além dos danos ao DNA os radicais atuam na desidrogenação, hidroxilação e na glicação proteica, sendo que esta última abarca a perda das funções biológicas, como colágeno e proteoglicanas, que alteram a estrutura da membrana e aumenta a flacidez na pele (Hirata et al., 2004). Em alguns estudos são teorizadas as atividades dos radicais livres como mediadores de doenças degenerativas. Na doença de Parkinson, os radicais livres promovem lesões contínuas à elementos neuronais, as quais são consideradas possíveis causadores da progressão da doença. Já no Alzheimer, os radicais livres provenientes do metabolismo de AB podem levar à morte celular através de um mecanismo de citotoxicidade, sendo que esses radicais não são derivados apenas deste mecanismo, mas também das atividades de outras vias (Weyler Galvão Pôrto, 2001). Algumas enzimas conseguem reparar algumas perdas causadas por esses radicais livres, mas à medida que o ser humano vai se submetendo a fatores externos, há uma acumulação destes radicais, o que afeta tanto a nossa saúde quanto a aparência. Rugas precoces, manchas pigmentadas na pele e ressecamento são algumas das complicações geradas pela grande quantidade desses radicais responsáveis pelo envelhecimento precoce. Percebemos assim, que essa moléculas reativas estão significativamente ligadas com o envelhecimento intrínseco e com doenças que surgem com mais frequência na fase de envelhecimento do organismo.
Referências: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2001/RN%2009%2002/Pages%20from%20RN%2009%2002-5.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3836174/#S32title
http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/mod4bloco3/eb8/Radicais_Livres_e_o_Envelhecimento_Cutaneo.pdf
http://www.dianacamposortomolecular.com.br/radicais-livres-antioxidantes.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário